Pular para o conteúdo principal

Blog NÃO LEIA! (2008-2017), de Mayrant Gallo

Mayrant Gallo (foto: Lima Trindade)

O escritor e professor baiano Mayrant Gallo (1962) manteve, de outubro de 2008 a abril de 2017, o excelente e referencial blog NÃO LEIA!, em que publicou diversas recomendações de livros e filmes, e alguns dos seus minicontos, poemas, ensaios, resenhas e crônicas, oferecendo ao mundo o seu vasto conhecimento sobre a Literatura e as Artes, aulas e mais aulas em formato de postagens, sempre com muito sucesso entre os leitores do blog (há 662 posts disponíveis para leitura). Confira abaixo uma seleta com as 140 melhores passagens de Mayrant Gallo no blog NÃO LEIA!

PS: Em junho de 2021, o autor voltou a postar no blog. Vamos torcer para que seja com frequência!


Vinte e três passagens (2008)
“A verdade, se existe, não está nas margens, mas de entremeio, na fronteira difusa entre realidade e delírio.”
Leia aqui

--------

Vinte e cinco passagens (2009)
“Profundidade é a parte que o leitor comum não compreende e o leitor arrogante julga que decifrou.”
Leia aqui

--------

Dezoito passagens (2010)
“Dilema: para a Direita (capitalista), a arte deve vender; para a Esquerda (socialista), a arte deve servir. Paradoxo: servindo, a arte se vende; vendendo, a arte serve-se.”
Leia aqui

--------

Quinze passagens (2011-2012)
“O futuro é, o passado será e o presente foi. Tudo já aconteceu e ainda acontece e acontecerá.”
Leia aqui

--------

Vinte e duas passagens (2013)
“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, mas o absurdo permanece, pois o homem, em essência e corpo, continua ambíguo, vário, estranho, estrangeiro, surpreendente e contraditório.”
Leia aqui

--------

Vinte passagens (2014)
“O que importa, de fato, é sentir-se vivo, atuante e, além disso, conseguir, em meio ao caos instaurado, algum amor. É o que move as pessoas, e é o que fez a humanidade sobreviver. Tudo o mais é anexo.”
Leia aqui

--------

Dezessete passagens (2015-2017)
“Ela amava as estrelas, os planetas, as galáxias. À noite, com frequência, buscava no céu estes seres perdidos para os quais nós, indivíduos comuns, viramos as costas com desdém. Não raro, ao acordar, me dizia que sonhara que estava voando.”
Leia aqui

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Oito passagens de Conceição Evaristo no livro de contos Olhos d'água

Conceição Evaristo (Foto: Mariana Evaristo) "Tentando se equilibrar sobre a dor e o susto, Salinda contemplou-se no espelho. Sabia que ali encontraria a sua igual, bastava o gesto contemplativo de si mesma. E no lugar da sua face, viu a da outra. Do outro lado, como se verdade fosse, o nítido rosto da amiga surgiu para afirmar a força de um amor entre duas iguais. Mulheres, ambas se pareciam. Altas, negras e com dezenas de dreads a lhes enfeitar a cabeça. Ambas aves fêmeas, ousadas mergulhadoras na própria profundeza. E a cada vez que uma mergulhava na outra, o suave encontro de suas fendas-mulheres engravidava as duas de prazer. E o que parecia pouco, muito se tornava. O que finito era, se eternizava. E um leve e fugaz beijo na face, sombra rasurada de uma asa amarela de borboleta, se tornava uma certeza, uma presença incrustada nos poros da pele e da memória." "Tantos foram os amores na vida de Luamanda, que sempre um chamava mais um. Aconteceu também a paixão

Seleta: Gipsy Kings

A “ Seleta: Gipsy Kings ” destaca as 90 músicas que mais gosto do grupo cigano, presentes em 14 álbuns (os prediletos são “ Gipsy Kings ”, “ Este Mundo ”, “ Somos Gitanos ” e “ Love & Liberté ”). Ouça no Spotify aqui Ouça no YouTube aqui Os 14 álbuns participantes desta Seleta 01) Un Amor [Gipsy Kings, 1987] 02) Tu Quieres Volver [Gipsy Kings, 1987] 03) Habla Me [Este Mundo, 1991] 04) Como un Silencio [Somos Gitanos, 2001] 05) A Mi Manera (Comme D'Habitude) [Gipsy Kings, 1987] 06) Amor d'Un Dia [Luna de Fuego, 1983] 07) Bem, Bem, Maria [Gipsy Kings, 1987] 08) Baila Me [Este Mundo, 1991] 09) La Dona [Live, 1992] 10) La Quiero [Love & Liberté, 1993] 11) Sin Ella [Este Mundo, 1991] 12) Ciento [Luna de Fuego, 1983] 13) Faena [Gipsy Kings, 1987] 14) Soledad [Roots, 2004] 15) Mi Corazon [Estrellas, 1995] 16) Inspiration [Gipsy Kings, 1987] 17) A Tu Vera [Estrellas, 1995] 18) Djobi Djoba [Gipsy Kings, 1987] 19) Bamboleo [Gipsy Kings, 1987] 20) Volare (Nel

Dez poemas de Carlos Drummond de Andrade no livro A rosa do povo

Consolo na praia Carlos Drummond de Andrade Vamos, não chores... A infância está perdida. A mocidade está perdida. Mas a vida não se perdeu. O primeiro amor passou. O segundo amor passou. O terceiro amor passou. Mas o coração continua. Perdeste o melhor amigo. Não tentaste qualquer viagem. Não possuis casa, navio, terra. Mas tens um cão. Algumas palavras duras, em voz mansa, te golpearam. Nunca, nunca cicatrizam. Mas, e o humour ? A injustiça não se resolve. À sombra do mundo errado murmuraste um protesto tímido. Mas virão outros. Tudo somado, devias precipitar-te — de vez — nas águas. Estás nu na areia, no vento... Dorme, meu filho. -------- Desfile Carlos Drummond de Andrade O rosto no travesseiro, escuto o tempo fluindo no mais completo silêncio. Como remédio entornado em camisa de doente; como dedo na penugem de braço de namorada; como vento no cabelo, fluindo: fiquei mais moço. Já não tenho cicatriz. Vejo-me noutra cidade. Sem mar nem derivativo, o corpo era bem pequeno para tanta