No ano anterior, eu fui contratado para escrever projetos da produtora Plataforma de Lançamento e inscrevê-los no edital nacional do Oi Futuro. Por insistência do chefe Uzêda, inscrevi também o meu projeto de prêmio para o rock baiano. Coincidentemente, nenhum dos projetos da Plataforma de Lançamento passou e o meu foi aprovado no edital. Aí, um gesto brilhante de Uzêda mudou, de forma significativa, a minha carreira de produtor cultural: ele não topou que a sua empresa produzisse o prêmio e recomendou que eu fizesse o projeto sozinho.
Topei o desafio, contratei o ex-colega de Facom/Ufba, o produtor cultural baiano Marcus Ferreira, para ser o produtor executivo, e realizamos a 1ª edição do Prêmio Bahia de Todos os Rocks, o nosso primeiro projeto patrocinado pela iniciativa público-privada (Oi via Fazcultura/Governo da Bahia). Graças a essa experiência, começamos a carreira de empresários da cultura, com a abertura da produtora Putzgrillo Cultura.
Além desse ano 1 como empresário cultural, eu ainda produziu dois álbuns com minhas composições e canto, uma espécie de despedida do lado autoral, que ficaria um bom tempo adormecido.
Prêmio Bahia de Todos os Rocks — 1ª Edição
Bahia de Todos os Rocks é uma premiação que contempla os melhores resultados profissionais alcançados por artistas, bandas, designers e mídia do universo do rock, exclusivamente do Estado da Bahia, que mais se destacaram nos quesitos técnicos, artísticos e de alcance de público, selecionados por um júri e votação popular. A 1ª edição aconteceu no Cine-Teatro SESC Casa do Comércio (Cerimônia) e na casa de shows Boomerangue (Festa de Encerramento), ambos em Salvador, Bahia.
Patrocinadores – Oi | Fazcultura (Secretarias de Cultura e da Fazenda) | Governo da Bahia
Funções – Coordenador Geral | Diretor e Roteirista da Cerimônia | Criação, captação, administração financeira e prestação de contas do projeto | Sócio da marca | Idealizador
Info – Matéria no Soterópolis (TVE) – veja aqui
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Abertura da empresa Putzgrillo Cultura
Gravação do EP ID — Mirdad
Gravação do CD Universo Telecoteco — Pedradura
O produtor baiano Marcus Ferreira foi meu calouro na Facom/Ufba e fomos os únicos a pular de Bungee Jump em uma excursão da faculdade em Paulo Afonso, na Bahia. Oito anos depois, fizemos o primeiro trabalho juntos na 1ª edição do Prêmio Bahia de Todos os Rocks e, como o resultado foi excelente, Marcus me convidou para ser sócio de sua empresa recém-aberta, com o inusitado nome de Putzgrillo Cultura.
Nossa parceria de sucesso durou cinco anos e o melhor produto foi a criação da Flica e a realização das duas primeiras edições (hoje, somos sócios na Cali, realizadora da festa literária ao lado da Icontent / Rede Bahia).
Com o fim da The Orange Poem, montei uma nova banda em julho de 2007, chamada Pedradura, para tocar composições minhas em português, com a proposta de “bolo doido”: rock, groove, MPB, jazz, bossa, reggae e experimentalismo, com solos de naipe de sopro e versos com polêmica, sarcasmo e acidez. Antes de fazermos shows, entramos em estúdio em setembro de 2007 e, somente no 2º semestre de 2008, concluí a produção do álbum Universo Telecoteco (bancado por mim no Submarino Studios, de André Magalhães — o mesmo que gravou o meu 1º trabalho em 1999, localizado nos Barris, em Salvador, Bahia).
O problema foi que a Pedradura já havia terminado antes da conclusão desse processo, porque o baterista Edu Marquez foi morar na Europa. Resultado: álbum na gaveta (depois, disponibilizei o material na internet). Nesse ínterim, resolvi gravar músicas minhas que não tinham a ver com a Pedradura e produzi o meu primeiro trabalho solo, o EP ID, gravado com músicos das bandas The Orange Poem e Pedradura, no mesmo Submarino Studios.
Patrocinador – Meu bolso (álbum da Pedradura e EP)
Funções – Sócio-Diretor (Putzgrillo Cultura) | Produtor musical e executivo (álbum da Pedradura e EP)
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