Psicodelia progressiva, faz uma homenagem ao som da Orange Poem (com a presença de dois músicos laranjas, Artur e Hosano, e mais Emmanuel Mirdad) e ao pai filósofo e poeta do compositor, Ildegardo Rosa (1931-2011), o Mestre Dedé, que recita suas teorias sobre a ilusão. Com a cadência circense da bateria, o baixo hipnótico e mântrico e floreios etéreos de guitarra, o poema é irônico e provocador. A composição foi gravada no EP ID, primeiro trabalho solo de Mirdad, lançado em 2008, e está presente no álbum la sangre, disponibilizado nas plataformas digitais em 2021.
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Fantoche
(Emmanuel Mirdad)
BR-N1I-08-00003
Se a vida me fosse conto de fadas,
qual dos meus sapos daria o beijo de plástico?
Se a vida me fosse cinema de Hollywood,
que raciocínio escaparia de tal narrativa e estrutura imbecil?
Se a vida me fosse apocalipse,
a quem apontaria o dedo à besta da peste?
Se a vida me fosse sem Picasso,
quem teria outros traços a refletir
a podridão degenerativa da frágil forma humana?
Se a vida me fosse drogas e farras,
que relevância haveria em mais um suicida?
Se a vida me fosse dinheiro e poder,
que destino teria o meu ego,
ridicularizado pela fragilidade do preço de qualquer um?
Se a vida não fosse tão explicada,
o que seria de mim sem os alvos de minhas críticas inúteis
e necessárias apenas pra gastar a saliva que me sufoca?
Eu não tenho dúvidas de que
se a vida me fosse, eu seria porra nenhuma
e é por isso que canto e faço sexo
é pra fingir que controlo
a força que me domina e me faz de peão
another brick in the wall
Se a vida me fosse, eu seria porra nenhuma
O mundo é uma ilusão
Composta por Emmanuel Mirdad em 29/04/2007.
A harmonia é original da canção “A Song to You, My Home”, de Emmanuel Mirdad, composta em 09/11/2000.
A letra é uma versão bastante melhorada de “Metáfora” e “Desejo do Filho”, de Emmanuel Mirdad, compostas entre jun e dez/1999.
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(Emmanuel Mirdad)
BR-N1I-08-00003
Se a vida me fosse conto de fadas,
qual dos meus sapos daria o beijo de plástico?
Se a vida me fosse cinema de Hollywood,
que raciocínio escaparia de tal narrativa e estrutura imbecil?
Se a vida me fosse apocalipse,
a quem apontaria o dedo à besta da peste?
Se a vida me fosse sem Picasso,
quem teria outros traços a refletir
a podridão degenerativa da frágil forma humana?
Se a vida me fosse drogas e farras,
que relevância haveria em mais um suicida?
Se a vida me fosse dinheiro e poder,
que destino teria o meu ego,
ridicularizado pela fragilidade do preço de qualquer um?
Se a vida não fosse tão explicada,
o que seria de mim sem os alvos de minhas críticas inúteis
e necessárias apenas pra gastar a saliva que me sufoca?
Eu não tenho dúvidas de que
se a vida me fosse, eu seria porra nenhuma
e é por isso que canto e faço sexo
é pra fingir que controlo
a força que me domina e me faz de peão
another brick in the wall
Se a vida me fosse, eu seria porra nenhuma
O mundo é uma ilusão
Faixa 05 - Mirdad - EP ID (2008) | Faixa 04 - Mirdad e a pedradura - la sangre (2021) | Composta e produzida por Emmanuel Mirdad | Mirdad - voz e violão 12 cordas | Eric Gomes - guitarra | Hosano Lima Jr. - bateria | Artur Paranhos - baixo | Participação Especial: Ildegardo Rosa lendo seus versos | Gravado e Mixado por Tito Menezes e Masterizado por André Magalhães no Submarino Studios em Salvador/BA | Arte encarte: Emmanuel Mirdad (PS: "la sangre" a foto é de Regina Rosa)
A harmonia é original da canção “A Song to You, My Home”, de Emmanuel Mirdad, composta em 09/11/2000.
A letra é uma versão bastante melhorada de “Metáfora” e “Desejo do Filho”, de Emmanuel Mirdad, compostas entre jun e dez/1999.
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