Pular para o conteúdo principal

Discografia Emmanuel Mirdad: Balance (2014), da Orange Poem


Gravado por Tadeu Mascarenhas no estúdio Casa das Máquinas, com Glauber Guimarães assinando a bela capa, o EP Balance apresenta face pesada da Orange Poem, com a voz furiosa e rasgada do cantor Mauro Pithon (Úteros em Fúria e Bestiário) e os solos velozes e nervosos do guitarrista laranja Saint. O EP Balance (equilíbrio em inglês) traz duas composições de Emmanuel Mirdad, o hino de taverna alemã "Child’s Knife" e a metaleira "The Green Bee", e a parceria entre Mirdad e Saint, o hard rock estradeiro "One and Three".


Ouça no Youtube aqui


Ouça no Soundcloud aqui

Download aqui

Release aqui

Ficha Técnica

      (Emmanuel Mirdad)
      BR-N1I-14-00011

      (Emmanuel Mirdad)
      BR-N1I-14-00012

      (Emmanuel Mirdad / Saint)
      BR-N1I-14-00013

Mauro Pithon (voz)
Saint (guitarra)
Hosano Lima Jr. (bateria)
Tadeu Mascarenhas (sintetizador e órgão)
Marcus Zanom (guitarra)
Artur Paranhos (baixo)
Mirdad (violão 12 cordas e gritos)

Convidado especial:
Ildegardo Rosa (voz na faixa 2) – in memorian

“Child's Knife” contém “Les Autres”, um poema de Herculano Neto, traduzido para o francês por Pedro Vianna

“The Green Bee” contém um fragmento do poema “A Tirania das Formas”, de Ildegardo Rosa

Gravação, mixagem e masterização: Tadeu Mascarenhas (Estúdio Casa das Máquinas)

Produção artística e executiva: Emmanuel Mirdad

Arte do EP: Glauber Guimarães

Contracapa




Encarte

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Dez passagens de Clarice Lispector nas cartas dos anos 1950 (parte 1)

Clarice Lispector (foto daqui ) “O outono aqui está muito bonito e o frio já está chegando. Parei uns tempos de trabalhar no livro [‘A maçã no escuro’] mas um dia desses recomeçarei. Tenho a impressão penosa de que me repito em cada livro com a obstinação de quem bate na mesma porta que não quer se abrir. Aliás minha impressão é mais geral ainda: tenho a impressão de que falo muito e que digo sempre as mesmas coisas, com o que eu devo chatear muito os ouvintes que por gentileza e carinho aguentam...” “Alô Fernando [Sabino], estou escrevendo pra você mas também não tenho nada o que dizer. Acho que é assim que pouco a pouco os velhos honestos terminam por não dizer nada. Mas o engraçado é que não tendo absolutamente nada o que dizer, dá uma vontade enorme de dizer. O quê? (...) E assim é que, por não ter absolutamente nada o que dizer, até livro já escrevi, e você também. Até que a dignidade do silêncio venha, o que é frase muito bonitinha e me emociona civicamente.”  “(...) O dinheiro s

Oito passagens de Conceição Evaristo no livro de contos Olhos d'água

Conceição Evaristo (Foto: Mariana Evaristo) "Tentando se equilibrar sobre a dor e o susto, Salinda contemplou-se no espelho. Sabia que ali encontraria a sua igual, bastava o gesto contemplativo de si mesma. E no lugar da sua face, viu a da outra. Do outro lado, como se verdade fosse, o nítido rosto da amiga surgiu para afirmar a força de um amor entre duas iguais. Mulheres, ambas se pareciam. Altas, negras e com dezenas de dreads a lhes enfeitar a cabeça. Ambas aves fêmeas, ousadas mergulhadoras na própria profundeza. E a cada vez que uma mergulhava na outra, o suave encontro de suas fendas-mulheres engravidava as duas de prazer. E o que parecia pouco, muito se tornava. O que finito era, se eternizava. E um leve e fugaz beijo na face, sombra rasurada de uma asa amarela de borboleta, se tornava uma certeza, uma presença incrustada nos poros da pele e da memória." "Tantos foram os amores na vida de Luamanda, que sempre um chamava mais um. Aconteceu também a paixão

Dez poemas de Carlos Drummond de Andrade no livro A rosa do povo

Consolo na praia Carlos Drummond de Andrade Vamos, não chores... A infância está perdida. A mocidade está perdida. Mas a vida não se perdeu. O primeiro amor passou. O segundo amor passou. O terceiro amor passou. Mas o coração continua. Perdeste o melhor amigo. Não tentaste qualquer viagem. Não possuis casa, navio, terra. Mas tens um cão. Algumas palavras duras, em voz mansa, te golpearam. Nunca, nunca cicatrizam. Mas, e o humour ? A injustiça não se resolve. À sombra do mundo errado murmuraste um protesto tímido. Mas virão outros. Tudo somado, devias precipitar-te — de vez — nas águas. Estás nu na areia, no vento... Dorme, meu filho. -------- Desfile Carlos Drummond de Andrade O rosto no travesseiro, escuto o tempo fluindo no mais completo silêncio. Como remédio entornado em camisa de doente; como dedo na penugem de braço de namorada; como vento no cabelo, fluindo: fiquei mais moço. Já não tenho cicatriz. Vejo-me noutra cidade. Sem mar nem derivativo, o corpo era bem pequeno para tanta