Groove com naipe de metais, traz na letra o poema "Nu, Tempestade", um dos prediletos do poeta Emmanuel Mirdad, presente no livro "Nostalgia da Lama" (Cousa, 2014), que traz a perplexidade do ser humano que descobre que não há sentido, e por não estar nem fixo, nem pássaro, como irá concretar sua existência. Na cozinha, Hosano Lima Jr. e Artur Paranhos, da Orange Poem, na guitarra funkeada, o gruvento Eric Gomes, da Pedradura, e no naipe de metais, grandes músicos da Bahia como o saxofonista Eric Almeida.
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Nu, Tempestade
(Emmanuel Mirdad)
BR-N1I-08-00001
Nunca estive tão nu; me desmonto em pedaços desconexos
Do quebra-cabeça qu’eu não montei, a auto-piedade agora me esfacela
Há um cão no chão que me acolhe
Meu fiel, me fez feliz e morreu
Sempre ouço teus suplícios nas noites em que berro ingratidão
Quem sou eu, assim, sem a sede que fortalece,
Sem a audácia destemida do idiota,
Sem a frágil sensação de que tudo está bem?
(Refrão)
Nu, sem cortes, em tempestade
Sigo à busca do que não temer no fim
O saber que construí se mutou; a humildade empobreceu os títulos
A minha glória me envergonha e me cala, e fez uma cratera no rim
Quem sou eu, assim, sem grilhões e a gravidade da incerteza
Sem as fugas que tanto forjei? – como faz falta o ego que cala
(Refrão)
Atordoado por estar em tempestade,
Destruí as lembranças que me ensinavam
A não subtrair os erros que equilibram
A tendência de se achar estupidamente sábio
Quem sou eu, assim, imundo pela descoberta de que não há sentido?
Não estou fixo, e nem pássaro
E agora, o que irei concretar?
(Refrão)
Composta por Emmanuel Mirdad em 06/12/2007.
Versão para a canção "Naked Storm", de E. Mirdad, composta em 31/12/2002 e 24/02/2003.
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(Emmanuel Mirdad)
BR-N1I-08-00001
Nunca estive tão nu; me desmonto em pedaços desconexos
Do quebra-cabeça qu’eu não montei, a auto-piedade agora me esfacela
Há um cão no chão que me acolhe
Meu fiel, me fez feliz e morreu
Sempre ouço teus suplícios nas noites em que berro ingratidão
Quem sou eu, assim, sem a sede que fortalece,
Sem a audácia destemida do idiota,
Sem a frágil sensação de que tudo está bem?
(Refrão)
Nu, sem cortes, em tempestade
Sigo à busca do que não temer no fim
O saber que construí se mutou; a humildade empobreceu os títulos
A minha glória me envergonha e me cala, e fez uma cratera no rim
Quem sou eu, assim, sem grilhões e a gravidade da incerteza
Sem as fugas que tanto forjei? – como faz falta o ego que cala
(Refrão)
Atordoado por estar em tempestade,
Destruí as lembranças que me ensinavam
A não subtrair os erros que equilibram
A tendência de se achar estupidamente sábio
Quem sou eu, assim, imundo pela descoberta de que não há sentido?
Não estou fixo, e nem pássaro
E agora, o que irei concretar?
(Refrão)
Faixa 01 - Mirdad - EP ID (2008) | Faixa 06 - Mirdad e a pedradura - la sangre (2021) | Composta e produzida por Emmanuel Mirdad | Mirdad - voz | Hosano Lima Jr. - bateria | Artur Paranhos - baixo | Eric Gomes - guitarra | Marcelo Medina - Trompete | Gilmar Chaves - Trombone | Eric Almeida - Saxofone | Tito & Mirdad - Sampler | Tito Menezes - Fala final | Arranjo de sopro por Emmanuel Mirdad | Gravado e Mixado por Tito Menezes e Masterizado por André Magalhães no Submarino Studios em Salvador/BA | Arte encarte: Emmanuel Mirdad (PS: "la sangre" a foto é de Regina Rosa)
Versão para a canção "Naked Storm", de E. Mirdad, composta em 31/12/2002 e 24/02/2003.
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