Pular para o conteúdo principal

82 livros mais importantes que li ao escrever o meu primeiro romance


Nessa semana, finalizo a produção do original do meu primeiro romance. Um processo que começou com a elaboração de um esboço lá em 2012, e que já teve o término anunciado algumas vezes por aqui e nas redes, além de muitas versões, mudanças, cortes, acréscimos, um laboratório, um curso, um aprendizado. Não poderia ter produzido o romance, se eu não tivesse lido esses livros abaixo, de contos, poemas, romances, ensaios, históricos, fundamentais para a minha formação.

Sem os contos e as crônicas de Clarice Lispector, os contos de Mayrant Gallo, Hélio Pólvora, A. P. Tchekhov e Machado de Assis, as crônicas de Nelson Rodrigues, os romances de Pepetela e os poemas de Ruy Espinheira Filho, entre outras inspirações, eu não teria escrito uma linha.



Dos livros lidos durante o processo de escrita do meu primeiro romance, entre 2012 e 2018, são estes os que eu considero como os mais importantes para a minha formação como leitor e escritor:

01) “Todos os contos de Clarice Lispector

02) “50 contos de Machado de Assis

03) “Um negócio fracassado e outros contos de humor” – A. P. Tchekhov

04) “A dama do cachorrinho [e outras histórias]” – A. P. Tchekhov

05) “O inédito de Kafka” – Mayrant Gallo (releitura)

06) “Brancos reflexos ao longe” – Mayrant Gallo (releitura)

07) “Toda poesia de Augusto dos Anjos

08) “Os cem melhores contos brasileiros do século” – Org. Ítalo Moriconi

09) “Melhores contos de Aníbal Machado

10) “A flecha de Deus” – Chinua Achebe

11) “A gloriosa família – O tempo dos flamengos” – Pepetela

12) “O livro das semelhanças” – Ana Martins Marques

13) “Crônica do Pássaro de Corda” – Haruki Murakami

14) “Khadji-Murát” – Lev Tolstói

15) “Memórias póstumas de Brás Cubas” – Machado de Assis

16) “As noites difíceis” – Dino Buzzati

17) “Naquele exato momento” – Dino Buzzati

18) “O demônio do meio-dia – Uma anatomia da depressão” – Andrew Solomon

19) “Correntezas e outros estudos marinhos” – Lívia Natália

20) “Os Románov” – Simon Sebag Montefiore

21) “O Diabo & Sherlock Holmes: histórias reais de assassinato, loucura e obsessão” – David Grann

22) “Como ficar sozinho” – Jonathan Franzen

23) “Aprender a rezar na era da técnica” – Gonçalo M. Tavares

24) “Melhores contos de Orígenes Lessa

25) “Os cavalinhos de Platiplanto” – J. J. Veiga

26) “Os transparentes” – Ondjaki

27) “Histórias da Gente Brasileira – Volume 1: Colônia” – Mary Del Priore

28) “Mar de glória – Viagem americana de descobrimento” – Nathaniel Philbrick

29) “Bahia: Inquisição e sociedade” – Luiz Mott

30) “A cor da água – Tributo de um negro à sua mãe branca” – James McBride

31) “A cidade do Salvador 1549: Uma reconstituição histórica” – Edison Carneiro

32) “Perseguição e cerco a Juvêncio Gutierrez” – Tabajara Ruas

33) “Obra completa” – Murilo Rubião



Dos livros lidos nos anos de 2012 a 2018, fora dos dias de trabalho no processo de escrita do meu primeiro romance, são estes os que eu considero como os mais importantes para a minha formação como leitor e escritor:

01) “Pés quentes nas noites frias” – Mayrant Gallo (releitura)

02) “O grito da perdiz” – Hélio Pólvora

03) “A descoberta do mundo” – Clarice Lispector (releitura)

04) “Estação infinita e outras estações” – Ruy Espinheira Filho

05) “Memórias” – Nelson Rodrigues

06) “Mayombe” – Pepetela

07) “O beijo e outras histórias” – A. P. Tchekhov

08) “O sonho do celta” – Mario Vargas Llosa

09) “Nem mesmo os passarinhos tristes” – Mayrant Gallo (releitura)

10) “Mar de Azov” – Hélio Pólvora

11) “Laços de família” – Clarice Lispector (releitura)

12) “O reacionário” – Nelson Rodrigues

13) “O assassinato e outras histórias” – A. P. Tchekhov

14) “O malfeitor e outros contos da velha Rússia” – A. P. Tchekhov

15) “Olhos d’água” – Conceição Evaristo

16) “Massacre no km 13” – Hélio Pólvora

17) “A cabra vadia” – Nelson Rodrigues

18) “A geração da utopia” – Pepetela

19) “A dama do cachorrinho e outros contos” – A. P. Tchekhov

20) “Poesia completa” – Orides Fontela

21) “Noites vivas” – Hélio Pólvora

22) “O violino de Rothschild e outros contos” – A. P. Tchekhov

23) “Um homem extraordinário [e outras histórias]” – A. P. Tchekhov

24) “Predadores” – Pepetela

25) “Homem invisível” – Ralph Ellison

26) “O conto da aia” – Margaret Atwood

27) “As grandes paixões” – Guy de Maupassant

28) “Estranhos e assustados” – Hélio Pólvora

29) “Mestre Dedé – O andarilho da ilusão” – Ildegardo Rosa

30) “Umbigo” – Nicolas Behr

31) “Os nove pentes d’África” – Cidinha da Silva

32) “Ficando longe do fato de já estar meio que longe de tudo” – David Foster Wallace

33) “O deserto dos tártaros” – Dino Buzzati

34) “O leopardo é um animal delicado” – Marina Colasanti

35) “Diana caçadora & Tango fantasma” – Márcia Denser

36) “Os dragões não conhecem o paraíso” – Caio Fernando Abreu

37) “O voo da madrugada” – Sérgio Sant’Anna

38) “Melhores contos de J. J. Veiga

39) “O filho eterno” – Cristovão Tezza

40) “Poemas” – Daniel Lima

41) “O jogo da amarelinha” – Julio Cortázar

42) “Romancista como vocação” – Haruki Murakami

43) “O martelo” – Adelaide Ivánova

44) “Z, a cidade perdida” – David Grann

45) “Para educar crianças feministas” – Chimamanda Ngozi Adichie

46) “15 contos escolhidos de Katherine Mansfield

47) “Lima Barreto: Triste Visionário” – Lilia M. Schwarcz

48) “Cuidado com as velhinhas carentes e solitárias” – Matéi Visniec

49) “Gigantes do futebol brasileiro” – João Máximo e Marcos de Castro

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Oito passagens de Conceição Evaristo no livro de contos Olhos d'água

Conceição Evaristo (Foto: Mariana Evaristo) "Tentando se equilibrar sobre a dor e o susto, Salinda contemplou-se no espelho. Sabia que ali encontraria a sua igual, bastava o gesto contemplativo de si mesma. E no lugar da sua face, viu a da outra. Do outro lado, como se verdade fosse, o nítido rosto da amiga surgiu para afirmar a força de um amor entre duas iguais. Mulheres, ambas se pareciam. Altas, negras e com dezenas de dreads a lhes enfeitar a cabeça. Ambas aves fêmeas, ousadas mergulhadoras na própria profundeza. E a cada vez que uma mergulhava na outra, o suave encontro de suas fendas-mulheres engravidava as duas de prazer. E o que parecia pouco, muito se tornava. O que finito era, se eternizava. E um leve e fugaz beijo na face, sombra rasurada de uma asa amarela de borboleta, se tornava uma certeza, uma presença incrustada nos poros da pele e da memória." "Tantos foram os amores na vida de Luamanda, que sempre um chamava mais um. Aconteceu também a paixão

Dez passagens de Clarice Lispector nas cartas dos anos 1950 (parte 1)

Clarice Lispector (foto daqui ) “O outono aqui está muito bonito e o frio já está chegando. Parei uns tempos de trabalhar no livro [‘A maçã no escuro’] mas um dia desses recomeçarei. Tenho a impressão penosa de que me repito em cada livro com a obstinação de quem bate na mesma porta que não quer se abrir. Aliás minha impressão é mais geral ainda: tenho a impressão de que falo muito e que digo sempre as mesmas coisas, com o que eu devo chatear muito os ouvintes que por gentileza e carinho aguentam...” “Alô Fernando [Sabino], estou escrevendo pra você mas também não tenho nada o que dizer. Acho que é assim que pouco a pouco os velhos honestos terminam por não dizer nada. Mas o engraçado é que não tendo absolutamente nada o que dizer, dá uma vontade enorme de dizer. O quê? (...) E assim é que, por não ter absolutamente nada o que dizer, até livro já escrevi, e você também. Até que a dignidade do silêncio venha, o que é frase muito bonitinha e me emociona civicamente.”  “(...) O dinheiro s

Dez passagens de Jorge Amado no romance Mar morto

Jorge Amado “(...) Os homens da beira do cais só têm uma estrada na sua vida: a estrada do mar. Por ela entram, que seu destino é esse. O mar é dono de todos eles. Do mar vem toda a alegria e toda a tristeza porque o mar é mistério que nem os marinheiros mais velhos entendem, que nem entendem aqueles antigos mestres de saveiro que não viajam mais, e, apenas, remendam velas e contam histórias. Quem já decifrou o mistério do mar? Do mar vem a música, vem o amor e vem a morte. E não é sobre o mar que a lua é mais bela? O mar é instável. Como ele é a vida dos homens dos saveiros. Qual deles já teve um fim de vida igual ao dos homens da terra que acarinham netos e reúnem as famílias nos almoços e jantares? Nenhum deles anda com esse passo firme dos homens da terra. Cada qual tem alguma coisa no fundo do mar: um filho, um irmão, um braço, um saveiro que virou, uma vela que o vento da tempestade despedaçou. Mas também qual deles não sabe cantar essas canções de amor nas noites do cais? Qual d