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10 anos do blog — Vida pessoal de Emmanuel Mirdad


Em 119 postagens (8,12% do total), o blog prestou homenagens a amigos e personalidades mortas, como os mestres Hélio Pólvora e André Setaro, Dominguinhos e B.B. King; celebrou efemérides, como os 100 anos de Smetak e Dorival Caymmi; publicou poemas do meu pai Ildegardo Rosa (1931-2011) e a seção Revisando (o que de melhor me aconteceu no ano, destacando os melhores livros lidos, filmes, séries vistos, etc.); marcou datas importantes para mim, como os 10 anos da Flica na pauta de projetos, o resumo dos meus anos 20 (de 2000 a 2010) e o que eu fiz nas 12 datas idênticas dia-mês-ano (01/01/01, 02/02/02...) e nas 11 datas sequenciais 2003-2013 (01/02/03, 02/03/04...) deste século; publicou as seções Canções de Minha Vida e Os 10 posts mais acessados do blog; e algumas das minhas listas e seleções, como a antologia Um desprezo absoluto às vaidades estúpidas do mundo, com os 80 melhores contos do mestre Anton Tchekhov.


Homenagens

Entre 2009 e 2019, o blog publicou homenagens a amigos e personalidades mortas. Perdi o meu mestre na literatura, Hélio Pólvora, e fiz três postagens em 2015: o anúncio, a homenagem que saiu na Revista Muito e o texto completo dessa homenagem (leia aqui).

Em 2014, perdi o meu grande professor da Facom, e escrevi um texto enorme movido pela emoção da perda, “Ao mestre André Setaro, com carinho” (leia aqui). Em 2019, o blog publicou o perfil do mestre pelo jornalista Cláudio Leal (leia aqui), texto que Setaro tinha muito apreço. Em 2013, perdi o amigo faconiano Lucas Sande, e publiquei dois posts: uma homenagem ao melhor da nossa geração “Lado Negro” (leia aqui) e um relato sobre o seu funeral, lotado de gente comovida e estupefata pela perda tão repentina (leia aqui). Em 2017, o blog prestou uma homenagem ao escultor Doidão, que muito ajudou a Flica na primeira edição e era muito querido e talentoso.

Amigos e personalidades mortas homenageadas no blog

Das personalidades mortas, o blog homenageou Dominguinhos, B.B. King, Gregory Isaacs, Luciano Pavarotti, João Carlos Sampaio, Ramiro Musotto e Damário Dacruz. O blog publicou também um perfil de Glauber Rocha por André Setaro (leia aqui), e prestou reverência ao controverso personagem Petyr Baelish, vulgo Littlefinger (Mindinho), da série Game of Thrones, morto na 7ª temporada, brilhantemente interpretado pelo ator irlandês Aidan Gillen.

Mas não só mortos os amigos foram lembrados. Em 2016, celebrei a presença de Mayrant Gallo no lançamento do meu livro Olhos abertos no escuro (veja aqui). Em 2014, prestei homenagem ao casamento de Nancy Viégas e Tadeu Mascarenhas. E em 2013, escancarei que os meus mestres na literatura são Hélio Pólvora e Ruy Espinheira Filho (leia aqui).

Homenagens a amigos vivos e as efemérides celebradas no blog

Entre 2009 e 2015, o blog publicou 11 posts celebrando efemérides: Bob Marley por duas vezes, nos 70 e 65 anos; os 50 anos de Renato Russo em 2010; três centenários: Smetak em 2013, Dorival Caymmi em 2014 e Ataulfo Alves em 2009; os 80 anos de Ferreira Gullar em 2010; os 40 anos sem Jimi Hendrix em 2010; os 10 anos do álbum Merci, de Alpha Blondy, em 2012; os 20 anos sem Raul Seixas em 2009; e os 30 anos de Zanom em 2010, guitarrista da Orange Poem.

Por fim, divulguei um post em homenagem à performance da equipe japonesa de judô na Rio 2016 (nas olimpíadas, sempre torço para o Japão nesse esporte — e para o Brasil também), veja aqui

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Família

Entre 2009 e 2017, publiquei poemas do meu pai Ildegardo Rosa (1931-2011), filósofo, advogado, mestre cooperativista e poeta, nos seguintes posts do blog: três poemas em 2009; o poema “A não solução” em 2011; os poemas “Solução” e “80 anos” em 2012; a compilação de muitos poemas na faixa “Illusion’s Wanderer”, recitados por ele, com a Orange Poem e Mateus Aleluia (ouça aqui) e o poema “O sonhador” em 2014; três poemas em 2015; e o principal post, com uma amostra de 25 poemas do livro póstumo lançado em 2017 pela Mondrongo (edição financiada por minha mãe e organizada por mim): Mestre Dedé — O andarilho da ilusão, leia aqui (e veja aqui as fotos do lançamento do livro em Salvador).

Publiquei, também, o poema de Tiganá Santana em homenagem a Ildegardo Rosa, dois meses após o seu falecimento (leia aqui). E, em 2011, escrevi o “Até breve, meu pai”, “(...) ontem, no dia de Santa Luzia e de Luiz Gonzaga, esse bravo sertanejo, o homem mais generoso, honesto, honrado, íntegro, solidário e de coração imenso que já presenciei nessa existência, pode descansar da matéria e vislumbrar o mistério que tanto ele filopoetou. Obrigado, Mestre Dedé, descanse em paz. Vou seguir teus ensinamentos com a graça suprema de ter sido seu filho-discípulo-irmão.”

Família presente no blog

Dona Martha Anísia, minha mãe, apareceu no blog nos seguintes posts: em comemoração aos seus 80 anos em 2018; a história da sua composição “Se os sentimentos falassem sozinhos”, em que tive o prazer de produzir a sua primeira gravação profissional em 2016 (conheça aqui); e divulgando a mãe no dia das mães de 2014.

Por fim, da família, o blog divulgou a carta da minha avó paterna Josepha (leia aqui) e a seção Herança, que só teve uma postagem: fotos e informações sobre o bisavô Miguel e bisavó Philonilla, pai e mãe da avó materna Rosalva (veja aqui).

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Biografia

De 2010 a 2018, o blog publicou nove posts da seção Revisando, em que eu revisei o que de melhor me aconteceu no ano, destacando os melhores livros lidos, filmes e séries vistos, o principal feito, e, no começo da série, produções feitas, melhores discos e shows vistos. Só para ilustrar esses posts, os melhores livros lidos foram: em 2010, Nem mesmo os passarinhos tristes, de Mayrant Gallo; em 2011, Umidade, de Reinaldo Moraes; em 2012, Melhores contos, de Hélio Pólvora; em 2013, Estação Infinita e outras estações, de Ruy Espinheira Filho; em 2014, Memórias — A menina sem estrela, de Nelson Rodrigues; em 2015, O beijo e outras histórias, de Anton Tchekhov; em 2016, Todos os contos, de Clarice Lispector; em 2017, O sonho do celta, de Mario Vargas Llosa; e em 2018, Crônica do Pássaro de Corda, de Haruki Murakami.

O blog publicou também postagens comemorativas, para marcar datas importantes para mim, como os dez anos da Flica na pauta de projetos, os dez anos que ganhei o primeiro edital, e os quinze anos do primeiro ensaio com banda em estúdio. Aproveitei a peculiaridade desse começo de milênio e elaborei um post relembrando onde eu estava em cada uma das 12 datas idênticas dia-mês-ano (01/01/01, 02/02/02, etc.) deste século e em cada uma das 11 datas sequenciais 2003-2013 (01/02/03, 02/03/04, etc.) deste século.

Revisando e postagens comemorativas

Dessa leva de postagens comemorativas, o destaque fica para o texto-síntese em que resumi os meus 20 anos, de 2000 a 2010, publicado no dia do meu aniversário de 30 anos (leia aqui). E por falar em aniversário, fiz quatro posts para marcar a data: 35 || 34 || 33 || 32. Aproveitei e expliquei a origem do nome Mirdad (conheça aqui).

Em 2009, o blog publicou a seção Canções de Minha Vida, que durou apenas quatro edições: “Natural Mystic”, “Since I’ve Been Loving You”, “Comfortably Numb” e “Vinte e Nove” — publicada no dia em que fiz 29 anos. Pior foi Álbuns de Minha Vida, que só teve uma edição, com Tidal, de Fiona Apple.

Apaixonado por fazer listas e seleções, elaborei algumas e publiquei no blog: em 2018, os 82 livros mais importantes que li ao escrever o meu primeiro romance; em 2017, a antologia Um desprezo absoluto às vaidades estúpidas do mundo, com os 80 melhores contos do mestre Anton Tchekhov (conheça aqui) e os 20 livros da lista dos 100 melhores da Amazon que eu quero ler; em 2016, os 30 mais do meu acervo de MP3; em 2014, respondendo ao quiz da vez, os 10 mais queridos álbuns, livros e filmes; em 2012, a seleta Jukebox 13 de julho, com 75 músicas para comemorar o Dia Mundial do Rock (que foi tema de outro post em 2010); sobre o Oscar, os vencedores prediletos em 2016 e 2014, e o estímulo de escolher certo os vencedores de melhor roteiro.

Influências, listas e seleções

Em 2018, aproveitei uma modinha viral e publiquei no blog o meu Mapa de Influências (conheça aqui) da literatura, música, cinema e séries.

Sou torcedor do Flamengo desde criança; embora que, hoje em dia, esteja bem distante de acompanhar futebol, meu time passou pelo blog em duas postagens em 2009: ansioso pelo hexa no campeonato brasileiro e a celebração do último título nacional do rubro-negro (veja aqui).

Em 2015, o blog divulgou o meu site, fora do ar atualmente, e a minha nova marca (veja aqui), cuja estética esse blog aproveitou.

Marca, site, fotos psy, Sigur Rós e Flamengo Hexa

Fã de Batman desde pequeno, em 2013 divulguei a minha preferência para representar o homem-morcego da fantástica HQ The Dark Knight Returns (veja aqui). Em 2017, celebrei a oportunidade de ter assistido à banda Sigur Rós ao vivo em São Paulo e, em 2015, destaquei a canção “Tardes noites & dias”, de Wal Jr. e Esso, mais uma vez (já divulgara a música na seção Vício).

Publiquei alguns posts aleatórios durante os anos: “A Genialidade da Ironia”, sobre o melhor meme de todos os tempos (veja aqui); fotos minhas com efeitos psicodélicos por Libellule (veja aqui); uma lição sobre o mercado literário (leia aqui); respostas irônicas a um hater; uma breve afirmação sobre o personagem principal do filme “72 horas”; uma breve reflexão sobre o sacrifício inspirada pelo filme “Herói”; um flagra das barracas derrubadas na Praia do Flamengo; a minha participação no IV Encontro de Jornalismo em 2013; e a lição aprendida com Frank Sinatra cantando “My Way”.

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Sobre o blog

A partir de 2013, publiquei a seção Os 10 posts mais acessados do blog. Para ilustrar esses posts, os maiores acessos foram: em 2013, “LucaSande, o melhor de nós”, uma homenagem ao amigo morto; em 2014, “Dedicatórias: Livros de João Filho, Mariana Paiva, Marcus Vinícius Rodrigues, Márcia Moreira e Gustavo Felicíssimo”; em 2015, “Seleta: Dub Burning Spear”, com as 42 melhores faixas dub da obra de Burning Spear (entre 1976 e 2008); em 2016, “O grito do mar na noite no site do jornal Rascunho”, sobre a resenha do meu livro de contos; em 2017, “Seleta dos melhores títulos para livros concorrentes ao Prêmio Oceanos 2017”; e em 2018, “Livro O limbo dos clichês imperdoáveis (2018), com todos os contos de Emmanuel Mirdad”.

Em 2009, divulguei a nota no jornal A Tarde sobre o blog (leia aqui), e em 2010, a entrevista minha no programa Soterópolis, da TVE, numa matéria sobre blogs (veja aqui).

Os posts mais acessados e clipping do blog

Encerrando as postagens da faceta Vida pessoal de Emmanuel Mirdad do blog, os anúncios do fim do blog e do fim da Leituras em 2016, do recomeço em 2017, e os recessos por conta do São João e da Flip em 2010.

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